2 de dez. de 2010

Torta de Catalônia da Cris


A catalônia é uma folha um pouco amarga e que pode ser comida de várias maneira, refogada, crua como salada ou nessa torta incrível que vou ensinar agora.

Recheio
1 maço de catalônia
5 dentes de alho
300 grs de ricota fresca
200 ml garrafa de creme de leite fresco
1 ovo
sal
pimenta do reino
azeite


Preparo
Cortar a catalônia grosseiramente e conzinhar em água e sal até ficar macia.


Em uma frigideira aqueça um pouco de azeite e doure as cabeças de alho picadas, acrescente a catalônia, tempere com pimenta e refogue por mais alguns minutos e deixe esfriar.
Este refogado pode ser feito da maneira como você preferir, ele só nao deve ser muito gorduroso.
Em uma vasilha esfarele bem a ricota com um garfo e misture o creme de leite e o ovo, fazendo um creme espesso, misture a catalônia ja fria e reserve.


Massa
3 ovos
2 xícaras de (chá) de leite
1/2 xícaras de (chá) de óleo
2 xícaras de (chá) de farinha de trigo
1/2 colher de (sopa) de fermento em pó Modo de Preparo Bata todos os ingredientes da massa em um liquidificador,aproximadamente por 5 minutos.

Coloque metade da massa no fundo de uma assadeira untada e enfarinhada (margarina e farinha de trigo),coloque o recheio e jogue por cima o resto da massa deixe assar até ficar dourada (aproximadamente 30 minutos. Tire do forno e sirva.

Por Cristiane  Carezatto (http://maonacozinha.blogspot.com)

7 de nov. de 2010

Robalo ao forno e arroz integral com gengibre



Bem, a procura de algo que envolvesse o integro arroz integral, cheguei a esta receita do grande Chef  Claude Troisgros que atualmente está com um programa belíssimo no canal GNT(Que Marravilha).


Pra variar, o gengibre está presente e me pergunto como fiquei tanto tempo sem ele nas receitas. Achava que o gengibre só servia pra curar amidalite leve, receita da vovó claro.Nesta receita, o arroz integral se mistura a cebola roxa, alho, gengibre, mel e shoyou, quase um prato Oriental.


Usei nesta receita para acompanhar o arroz, o bom e honesto Robalo, pois o Vermelho (receita original), não encontrei. Por sinal, já é a segunda receita que procuro esse rapaz e não encontro nas feiras de Sampa.
 
Peixe   
                                   
Ingredientes:
1 vermelho de 1,8kg com pele e sem escamas
4 dentes de alho amassados
1 garrafa de vinho branco chardonnay
250ml de azeite extra-virgem
Suco de 3 limões siciliano 
1 colher de sopa de coentro em grão
1 colher de sopa de pimenta do reino branca amassada
Sal
Pimenta do moinho
Alecrim
Louro
Tomilho

Modo de preparo:
Dê alguns cortes no peixe e tempere com sal e pimenta. Encha o peixe de alecrim, louro, tomilho e alho. Coloque-o no tabuleiro e regue com azeite. Coloque o resto dos ingredientes. Asse no forno a 180° por 1 hora coberto com papel alumínio.



Arroz integral

Ingredientes:
150g de arroz integral
2 cebolas roxas fatiadas
1 colher de sopa de alho picado
1 colher de sopa de gengibre picado
2 colheres de sopa de óleo de gergelim
40ml de mel
40ml de molho shoyo
50g de passas pretas
Pimenta dedo-de-moça picada
Sal
Manjericão

Modo de preparo:
Cozinhe o arroz integral na água com sal. Puxe as cebolas, o alho, a pimenta dedo-de-moça e o gengibre no óleo de gergelim. Acrescente o arroz e deixe tostar. Coloque o mel, o molho shoyo, as passas e tempere.




Para servir:
Ervas frescas picadas
Azeite extra-virgem
Flor de sal

Retire o molho do peixe. Verifique os temperos e coloque mais azeite e ervas. Coloque o arroz em um prato fundo e ponha um pedaço do peixe por cima. Regue com o molho do peixe e coloque um pouquinho de flor de sal.

Inté!! 

Fonte: Programa Que Marravilha  - GNT

23 de out. de 2010

Gravlax de Salmão ao Bestfar*

O Gravlax de salmão é uma receita de origem nórdica, assim como esse que vos escreve. Vovô usava muito quando queria conservar seu salmão antes das viagens pelo mundo afora, com seus companheiros Vikings. Essa receita, um segredo milenar, foi passada de pai, para filho, para enteado, para bastardo e assim sucessivamente até chegar aos meus ouvidos. É simples, saborosa e fina, obviamente. Coisa nórdica mesmo.

Senão vejamos:
Um file de salmão grosso (ou alto), com pele (O meu pedaço deve ter próximo de 500g)
1/3 de xícara de sal grosso (ou de acordo o tamanho da sua peça de salmão)
1/3 de xícara de açúcar normal/mascavo (ou proporcional ao sal grosso)
Pimenta branca (ou do reino) a gosto
Cachaça, vodka ou conhaque
Endro (ou dill)
Um pano de cozinha ou filme plástico e papel toalha.

Tilberedningsmetoden (traduzindo pra quem não entende norueguês: modo de preparo):

Pegue o filé de salmão e lave-o com cachaça, vodka ou conhaque. Vovô usava vodka. Mas eu, como bom nórdico de Recife que sou, to usando cachaça.

Depois, misture num recipiente o sal grosso, o açúcar e a pimenta ralada. Feito isso, pegue o pano, estique-o em cima de um prato e ponha um pouco dessa mistura. Pique com uma tesoura um pouco de endro.

Ponha o filé de salmão por cima, com a pele virada para baixo e em seguida cubra-o restante da mistura, inclusive o endro.


Cubra totalmente com o pano e ponha na geladeira por, no mínimo, 24 horas. Se tiver como colocar um peso em cima melhor, ajudará o salmão a expelir água. Se não quiser usar um pano de cozinha, envolva o salmão num filme plástico, faça furos na partE de baixo e ponha bastante papel toalha para absorver toda água que será expelida. Talvez seja necessário trocar as toalhas de papel. Após esse período na geladeira (que pode chegar a 48 horas), desembrulhe o salmão e retire o excesso da camada de tempero.

Ponha um pouco mais de endro por cima e com uma faca bem afiada, corte fatias finas, como um carpaccio. Você pode servir com um molho de mostarda (vovô comia assim), com torradinhas, com sourcream, com coalhada seca, ou como sua imaginação quiser.

Skål,

Kokk Adautsen Di Menezes


*Bestfar significa “vovô” em norueguês.

17 de out. de 2010

Coalhada Seca

Anotaí habib...
Ingredientes:
- um litro de leite integral homogeneizado (não pode ser o de caixinha tipo UHT)
- um copo de iogurte natural integral
- Sal
- Folhas de hortelã
- Azeite
- Pão Sírio
- *suco de limão

Preparo:
Aqueça o leite até que fique morno. Não ferver. A indicação é você conseguir suportar até dez segundos com o dedo dentro do leite. Adicione o iogurte, misture suavemente, tampe o recipiente, envolva num pano de cozinha (para manter a temperatura) e aguarde até 24 horas. O leite vai coalhar totalmente.
Depois, despeje todo o conteúdo dentro de um pano fino (pode ser um saco de pano) e ponha para escorrer por mais 24 horas.





Após este período, retire toda a coalhada (pode raspar o pano com uma faca para tirar a parte mais seca) e adicione bem pouco sal. Se tiver uma batedeira, bata suavemente. Senão misture com um fuet para que fique bem homogêneo. Terminado, ponha num recipiente e guarde na geladeira.

Pegue algumas folhas de hortelã (não precisa muito), ponha em cima de um papel toalha e coloque no microondas para secar por 2 minutos. Guarde para usar somente quando for servir.

Servindo:
Coloque a hortelã por cima da coalhada e sirva fria.
Ponha uma porção no seu prato, coloque um pouco de azeite por cima. Pegue um pedaço do pão sírio, separe em duas partes e pegue um punhado da coalhada (num movimento de pinça). Esse é o movimento correto.


*O suco de limão é opcional. Se for usar, ponha uma colher de sopa, ou a gosto. Você pode também adicionar um pouco de pimenta do reino.


Espero que curtam.

وداعا
Califa Di Menezes

12 de out. de 2010

O Boeuf Bourguignon da Clara


Um espetáculo!!!

Mais uma vez a amiga Clara chamou os amigos para um momento de prazer coletivo em sua residência e lhes adianto que não se tratava de uma suruba ou algo parecido. O momento especial se resumia a degustação do seu já famoso Boeuf Bourguignon.


O Boeuf Bourguignon que também é chamado de Boeuf à la Bourguignonne, é uma conhecida e tradicional receita francesa . Basicamente é um cozido preparado com carne assada no vinho tinto .O método de cozimento lento da carne no vinho é uma forma de amaciá-la e deixá-la com um sabor único.



A noite foi esplêndida e regada a boas risadas e muitas garrafas de vinho.

Valeu mais uma vez Clara!!!!

Receita do Boeuf Bourguignon:

27 de set. de 2010

Robalo recheado com farofa de camarão



Bem, começo aqui a seguir uma série de receitas de Chef´s Pernambucanos fazendo algumas adaptações de acordo com o que tenho mais próximo as mãos aqui em Sampa. As receitas  encontrei  no site do JC Online (Jornal do Comercio) na parte de Gastronomia (http://jc.uol.com.br/canal/gastronomia/index.php), popular jornal do Recife.

Durante as próixmas semanas seguirei as seguintes receitas:

Cioba recheada com farofa de camarão (Por chef Flor, do Poseidon )
Chef do Bistrot du Vin ensina a fazer frango recheado
Chef Leandro Ricardo ensina receita de frango marinado
Risoto de frutos do mar (Por Silvio Romero e Claudia Freyre, do Due)
Quina Suzuki (Por André Saburó Matsumoto, do Quina do Futuro)
Moqueca de peixe (Por Roseno Victor, do Bargaço)
Yakimeshi Quina do Futuro (Por André Saburó Matsumoto, da Taberna Japonesa Quina do Futuro)

Vamos a receita de hoje.

Cioba recheada com farofa de camarão (Por chef Flor, do Poseidon )

Por não encontrar a querida Cioba por estas bandas e por também não encontrar o seu primo mais próximo (o Vermelho), optei pelo Robalo. Portanto, a receita é com o Robalo, que por sinal ficou muito boa também.

O tempo no forno também não consegiu seguir o proposto na receita pois o meu não foi tão eficiente assim e passei 30 minutos do combinado.

Mas garanto. Ficou show!!!!

Não sei o porque, mas hoje cozinhei ao som de Elvis. kkkkkkkkkkkkkk

Ingredientes

1 Robalo inteiro de 1,5 kg
1 cebola média picada
1 dente de alho picado
½ pimenta malagueta picada
2 colheres de sopa de coentro picado
1 colher de sopa de tomilho fresco
3 colheres de sopa de azeite
3 colheres de sopa de manteiga
150 g de camarão descascado
1 ½ xícara de farinha de mandioca
1 limão siciliano para decorar

A Peleja:

Limpe o peixe e reserve. Refogue a cebola, o alho, a pimenta e o coentro no azeite e na manteiga. Adicione o camarão e quando a carne mudar de cor junte a farinha de mandioca. Misture tudo formando uma farofa. Acerte o sal e perfume com o tomilho. Reserve. Preaqueça o forno a 220º. Esfregue o peixe, por dentro e por fora com azeite, sal e pimenta. Encha a cavidade do pescado com a farofa e prenda com palitos. Unte uma assadeira com azeite e leve ao forno por cerca de 15 minutos. Para testar o ponto do peixe, levante a pele e verifique se a carne está branca.

O passo a passo:

Na feira do bairro da Saúde a procura de um bom peixe:


O preparo da farofa de camarão:


O preparo:


Pronto!!!!

Inté!!

19 de set. de 2010

Estrogonofe de Frango


Em busca da receita perfeita para um bom Estrogonofe de Frango, cheguei ao site do grande Olivier Anquier.

Gosto muito do jeito que o Olivier cozinha, sempre descomplicando o mais complicado. O detalhe da maçã me deixou curioso pois sempre segui receitas de Estogonofe sem este ingrediente. Apesar de ser algo muito simples e que muitos que tem o dom já imaginavam que este sabor existisse dentro do Estrogonofe, fiquei de cara.

Na verdade acredito que o dom se ganha depois de muita peleja. Desta forma, acredito que serei o maior fazedor de Bolo de Rolo do mundo, pois esse dom tá difícil de chegar...kkkkkkk

Como disse  Albert Einstein "A alegria de ver e entender é o mais perfeito dom da natureza."

Vamos a receita que ficou show.

Ingredientes:

1 kg de filé de frango
800 ml de creme de leite
2 colheres (sopa) de shoyo
2 cebolas médias
3 dentes de alho
Pimenta-do-reino a gosto
Sal a gosto
100 ml de molho de tomate
100 ml de vinho branco seco
1 colher de chá de vinagre de sua preferência
3 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de óleo
3 maçãs vermelhas
200 g de cogumelos frescos
1 cubo de caldo de galinha

Prepare assim:

Corte o frango em cubos e tempere com pimenta-do-reino e alho.

Em uma panela coloque 1 colher (sopa) de manteiga, óleo e doure a cebola picada;

Acrescente as maçãs e deixe dourar, acrescente o frango e deixe fritar bem.

Coloque o restante dos ingredientes: shoyo, molho de tomate, vinho, vinagre e esfarele o cubo de caldo de galinha;

Deixe cozinhando até secar um pouco do caldo;

Acrescente o creme de leite, diminua o fogo e deixe engrossar.

Em uma frigideira coloque 2 colheres de manteiga e coloque os cogumelos para fritar, quando estiverem macios retire e acrescente-os ao estrogonofe;

Se achar necessário coloque sal.

Acompanha um belo arroz.

Inté.

Fonte:
Olivier Anquier - Caderno de Receitas
http://www.olivieranquier.com.br/receitas/lista_receita.php

14 de set. de 2010

Sopa de Cenoura


Bem, você sabia que a a sopa é considerado o prato mais antigo do mundo, anterior inclusive ao assado de carnes? Pois é, alguns estudiosos descobriram indícios dessa refeição antes mesmo da descoberta do fogo.

Aí eu me pergunto: Essa informação faz alguma diferença? Não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Hoje, simplesmente me bateu uma vontade danada de tomar uma bela sopa e assim parti a procura de uma receita que não me desse tanto trabalho e que tivesse um sabor impar.

Pois bem, segue a receita. O sabor do gengibre deu o toque especial.

Ingredientes:

1 pedaço de gengibre com mais ou menos 3 dedos de largura
1 tablete de caldo de carne
1 colher de sobremesa de mel
1 caixa de creme de leite
1 litro de água
4 cenouras
1 cebola média picada

A Peleja:

Cozinhe em 1 litro de água as quatro cenouras picadas, a cebola picada, a gengibre picada. Quando ferver, coloque um tablete de caldo de legumes. Depois de tudo cozido, bata no liquidificador e coe.

Na panela, no fogo baixo, coloque uma colher de sobremesa de mele vá colocando o caldo já batido. Aumente o fogo e, em seguida,coloque uma caixinha de creme de leite. Vá mexendo bem sem deixar ferver. Está pronta, agora é só servir.

Inté.

11 de set. de 2010

A moqueca de uma pernambucana na legítima e incrível panela de barro capixaba



Há mais ou menos um mês, fiz às pressas uma receita de moqueca de peixe com camarão da minha cabeça. O resultado ficou razoável, mas ainda faltava uma certa dedicação da minha parte ao prato. No dia seguinte a essa primeira tentativa, recebi um telefonema de Nando e Anna, um casal de amigos pernambucanos e queridos vizinhos cobaias das minhas receitas aqui em sampa, eles estavam em Vitória (ES) e queriam me informar que trariam um presente de lá. Pois bem, eis que ganhei deles uma legítima panela de barro capixaba. Fiquei muito feliz e pra lá de agradecida.

Bom, por isso, eu tratei de me empenhar no preparo de uma moqueca de peixe com bastante dedicação em agradecimento ao casal. Uma difícil tarefa, por sinal, já que os dois voltaram recentemente de Vitória após provar e aprovar moquecas das mais diversas por lá, inclusive uma de banana da terra. De qualquer maneira, é tentando que se aprende. E é tentando de novo e de novo, que se aprimora uma receita. Ao menos, tento acreditar nisso. Por isso, vamos lá à moqueca.

O que eu uso?

1kg de peixe em postas (usamos cioba e pargo porque não tivemos muita opção)
400g de camarões descascados cozidos
4 colheres de polpa de tomate
2 cebolas grandes picadas em cubos
4 tomates fatiados
3 dentes de alho picados
1/2 pimentão vermelho e 1/2 pimentão amarelo em rodelas
1 colher de sopa de azeite de dendê
100ml de leite de coco
Cebolinha e salsinha picadas a gosto
Azeite de oliva
2 limões
2 pitadas de pimenta calabresa
Sal e pimenta do reino a gosto

Como eu faço?

Separe as postas de peixe em um recipiente com limão, sal e pimenta do reino por 15 minutos. Faça o mesmo com os camarões em outro recipiente. Forre o fundo a panela de barro com azeite, cebola, tomate, cebolinha e salsinha. Disponha as postas de peixe e cubra novamente de verduras.



Acrescente a polpa de tomate, sal e pimenta do reino. Tape a panela e deixe cozinhar por 15 minutos em fogo baixo. Abra a panela e acrescente o dendê, os pimentões em rodelas, a pimenta calabresa, mais salsinha e deixe cozinhar por mais 10 minutos em fogo médio.



O próximo passo é acrescentar o leite de coco e os camarões. Deixe cozinhar por mais 5 minutos. Antes de terminar, verifique como está o sal no molho e o cozimento do peixe. Para finalizar, acrescente mais cebolinha picada e sirva bem quente.



Ahhh! A panela de barro é fantástica, vale a pena ter uma, vai manter o prato bem quente, coloquei na mesa e quando destampamos ainda borbulhava.



A moqueca acompanhou arroz branco com aroma de ervas e uma boa conversa entre amigos.

Obrigada, Nando e Anna, pelo belo presente e pela companhia.

6 de set. de 2010

O Pão Integral de Linhaça



Bem, no ano de 2000 tive uma experiência um tanto radical na gastronomia, uma época onde a minha semana se resumia a jogar Capoeira na UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco) com o grande Mestre Corisco e trilhas de bike aos domingos (na mata de Brennand) com o grande irmão e amigo Plínio Uchoa.

Uma época onde aprendi muito sobre saúde e bem estar. Digo que tinha uma ótima qualidade de vida para aquele momento, pois qualidade de vida depende apenas de você, ou seja, você tem que estar no lugar certo, na hora certa e o mais importante, querer estar lá. Esse foi o meu momento no ano de 2000, Capoeira e Bike, momento impar em minha vida.

Radicalizei um pouco, confesso, pois parti para a Macrobiótica (durante um ano) que enfatiza uma alimentação a base de cereais integrais cultivados localmente, legumes e produtos de soja fermentada, combinados em refeições pelo princípio das propriedades do yin e yang.

Foi ai que conheci intimamente o Pão Integral, onde praticamente era meu lanche da tarde de todos os dias acompanhado com um belo mel de abelha.

Desta forma, passo pra vocês uma receita que não é tão radical quanto a Macrobiótica (que admiro até hoje) mas que trás sabores inigualáveis e que fazem você se sentir no lugar certo, na hora certa ao degustá-lo.

Ingredientes:

600 gramas de farinha de trigo branca
400 gramas de farinha integral
10g de fermento biológico instantâneo
550 ml de água morna
60 gramas de manteiga
20 gr de sal
4 colheres de sopa de açúcar mascavo
4 colheres de semente de linhaça
1 ovo.

Obs. O Pão Integral para a Macrobiótica é bem mais radical e a manteiga  passa longe.

A Peleja:

Misture os secos (Farinha de trigo branca, Farinha de trigo integral e o fermento biológico).

Depois de conseguir uma mistura homogênea acrescente a água morna aos pouco e vá fazendo a argamassa até você conseguir uma massa que não grude nos dedos.

Na sequencia acrescente o sal e depois de misturar mais um pouco vá adicionando o açúcar mascavo e as sementes de linhaça.

Adicione a manteiga (importante que ela esteja mais do que a temperatura ambiente para misturar rapidamente). Neste caso, tirei da geladeira e levei por 20 segundos no microondas. Atenção, ela não pode ficar líquida, apenas amolecida.

Depois de amassar a massa buscando uma forma homogênea deixe descansar coberta com um pano por 30 minutos para que o fermento faça seu trabalho. Você vai perceber que a massa praticamente dobra de tamanho.


Coloque a massa em duas formas de pão (a quantidade dá exatamente para duas). Ou se preferir coloque a massa inteira em uma assadeira comum.

Usei a assadeira de teflon para não ter o trabalho de untá-la.


Pincele a massa com uma mistura de um ovo com um pouco de água , conhecido como egg wash, para dar aquele brilho na parte superior do pão.

Jogue um pouco de linhaça sobre o pão e leve ao forno a 290 graus por 45 minutos.

Como diz o bom Pernambucano: Pronto!!!!


Inté.

25 de ago. de 2010

O Bolo de Rolo - The Return


Depois da grande trilogia:

Bolo de Rolo I- Um Belo Rocambole Paulistano
Bolo de Rolo II - O Desastre do Tareco
Bolo de Rolo III - A Culpa foi do Galego

Vem ai, " Bolo de Rolo - The Return ".

Confesso que apesar das dificuldades que passei no ano de 2009, não desanimei um só minuto e venho me aprofundando "teoricamente" sobre a bela arte do Bolo de Rolo. Os ensaios foram diários e agora me  sinto pronto para por em prática toda a teoria adquirida.

Alguns cuidados serão necessários para evitar um novo fracasso, tais como:

1.Deixar de lado a visão Paulistana sobre o Bolo de Rolo: "Apenas um belo Rocambole";

2. Pensar menos na infância que passei na cidade Palmares, zona da mata do estado de Pernambuco, onde o Tareco fazia parte quase que diariamente dos lanches da tarde;

3. Manter uma distância segura do Bairro do Brooklin, principalmente da residência do amigo Adauto (vulgo: O Galego).

Pronto.

Começa aqui mais um capítulo de minha história e nos próximos dias postarei o resultado.

Jason is Live!!!!!!!!!!!

23 de ago. de 2010

Pannacotta - Uma sobremesa leve

Este final de semana, fizemos em casa um prato português chamado Chanfana. Ele é feito com carne de carneiro demora quase 3 dias para ficar pronto e é uma delícia.

Com este prato super pesado, o meu desafio foi fazer uma sobremesa que fosse leve e saborosa. Então escolhi a Pannacotta, e como vi algumas adaptações interessantes, e resolvi dar meu toque mágico a ela.

A receita é super simples e rápida de fazer. Eu preferi usar coisas um pouco menos calorias e deu certo.

Ingredientes
2 xícaras de leite (de preferência desnatado)
1 pote de iogurte desnatado (90g)
1 col. (sopa) de mel
2 col. (sopa) de açúcar cristal
1 lata de creme de leite
1 saquinho de gelatina sem sabor (12g)
6 col. (sopa) água
4 saquinhos de chá de capim-cidreira
Raspas de ½ limão

Como Fazer
Pegue o leite e aqueça em uma panela média com o mel e o açúcar. Depois corte as pontinhas (extremidades) de papel dos saquinhos de chá e coloque 3 dentro do leite e deixe ferver. Fique de olho para não derramar no fogão.

Em outro recipiente coloque a água aquecida e o outro saquinho de chá até ele dissolver bem e ficar um chá forte. Depois, corte o saquinho e despeje um pouquinho das ervinhas dentro desta água, tire o saquinho e despeje a gelatina e mexa até dissolver bem. Se esfriar, e ficar um pouquinho dura é só colocar uns segundinhos de volta no microondas que ela volta a amolecer. É importante que a gelatina esteja bem dissolvida.

Desligue o fogo e coloque as raspas de limão, a gelatina derretida, o iogurte e o creme de leite. Mexa muito bem até ter certeza que tudo está bem incorporado. Eu uso um

Despeje em potinhos pequenos e coloque na geladeira de um dia para o outro.

Para servir, desenforme usando uma faca para desgrudar as laterais e com cuidado para não machucar o doce, cubra com geléia. Uma dica para a geléia, é dissolver em um pouquinho de água para ela parecer uma calda, não precisa de grandes esforços, é só pegar um pouco da geléia e colocar em um recipiente com um pouco de água e levar ao microondas de 20 a 30 segundos. Depois misture bem e coloque em cima da Pannacotta.

Minhas sugestões de geléia são: Pimenta, menta e frutas vermelhas.


Clique aqui e veja a receita da Chanfana.

Divirta-se e aproveite!


By Cris Carezatto

22 de ago. de 2010

Chanfana



Recentemente um amigo esteve viajando por Portugal e provou este prato. Segundo ele, um dos mais gostosos da viagem. Resolvi pesquisar, pois nunca tinha ouvido falar e obviamente testar para saber se é boa mesmo. E para não correr riscos, chamei o próprio para degustar com a gente e dizer se ao menos se parece com o que ele provou durante a viagem. Afinal, amigos são pra isso mesmo... Então vamos ao que interessa.

Esta receita é típica dos nossos patrícios bigodudos, mas precisamente da região da Beira Litoral. Originariamente é feita com carne de cabra/bode. Eu fiz com carne de cordeiro/carneiro, ora pois.

Tu vais precisaire de:
~ Aproximadamente 1,5kg de carne de cabra/bode/carneiro/cordeiro, cortada em pedaços de tamanho médio.
~ 130ml de azeite (português, vai)
~ Punhado de sal grosso
~ Colorau
~ 2 ou 3 cabeças de alho inteiras e sem neurônios
~ Folhas de louro
~ 1 Ramo de alecrim
~ Pimenta do reino para moer na hora
~ Uma garrafa de vinho tinto (português?)
~ Uma panela de barro

Como fazêire:
Esta receita só não é mais fácil do que preparar um pão com ovo.
Coloque os pedaços de carne de maneira organizada junto com as cabeças de alho inteiras, com casca e tudo. Rasgue umas folhas de louro, coloque por cima, jogue o sal grosso distribuído, sem excesso, por toda a panela assim como o colorau. Moa um pouco de pimenta do reino. Despeje o azeite lentamente por toda a panela, regando bem os pedaços de carne e as cabeças de alho. Para finalizar despeje uma garrafa de vinho inteira por sobre as carnes. Tampe e deixe marinando de um dia para outro. Em seguida, leve ao forno (isso mesmo. Ao forno!) na temperatura mais baixo que der (entre 140 e 160 graus). Deixe lá dentro e esqueça.
A previsão é que leve mais de 3 horas cozinhando lentamente. Para compartilhar com vocês a minha expectativa, resolvi escrever a receita neste “pequeno” intervalo.
Portanto, não sei bem como vai ficar. Mas prometo ir atualizando. Abaixo, a primeira foto é da organizaçao dos ingredientes. A segunda, tirei após 1 hora de forno, para ver como estava todo mundo.
Em breve atualizo com mais fotos.



Up Date:
Bom... ja adianto que não são três horas de cozimento...
Neste momento a Chanfana à Dorival Caymmi completa 5 horas de forno. A foto pode ser vista abaixo. Apesar da demora, o cozimento lento está deixando a carne bem macia e suculenta. Como irei servir somente amanhã a noite, irei manter mais uma hora no forno, somente então desligo o fogo e deixo a carne "descansando" até amanhã. Antes de servir, irei aquecer a penela, já no fogão, mas em fogo baixo.
Amanhã eu posto o "gran finale".



up date 2:
Depois de passar toda a segunda feira apurando, tirei a panela do forno e coloquei no fogão para finalmente servir a tão esperada chanfana. A carne estava super macia e soltando completamente. Enquanto esquentava em fogo baixo, preparei um arroz com macadamias e cozinhei algumas batatas bolinha.
Abri um bom vinho português e servi.
O prato realmente é uma delicia, de sabor bastante apurado e marcante. Abaixo a foto do resultado final e a cara dos provadores de plantão... apesar da demora vale muito a pena experimentar.
E como dizem os portugas quando se despedem: tchau!
Por "chef Di Menezes"

Resultado Final


Provadores de Plantão



Last Up Date

Hoje, dia 21/08 eu resolvi fazer novamente a Chanfana e inclusive atualizar a receita.
A primeira coisa que fiz, nesta segunda versão foi não usar cebola. Como o objetivo do cozimento lento é deixar um molho bastante grosso e quando usamos a cebola, junta muita "água". Então, estou testando sem cebola.

abaixo a foto dos ingredientes em plena marinada.


Depois de marinar, deixei-a no forno por 6 horas e meia, num cozimento lento. As carnes ficaram supermacias e o molho bastante encorpado. Aconselho que nas últimas três horas, você ponha as batatas pequenas, para que peguem o gosto do caldo. Se precisar acrescente mais vinho. Essa chanfana levou praticamente uma garrafa e meia de vinho tinto, para algo em torno de 2,5kg de carne.
Quando completar as 6h de forno, desligue e deixe a panela dentro do forno mesmo, para que vá esfriando lentamente, até o dia seguinte. Meia hora antes de servir, aqueça tudo, neste caso, direto no fogão mesmo. Desta vez fizemos também um arroz, só que com amêndoas, no lugar das macadâmias. Ficou delicia total.

O Gran Finale:
Está o final de tudo.



Espero que apreciem.

encerro novamente, como os portugas costumam se despedir dos amigos:
"au revoir" ou "до свидания"

by Adauto Menezes

Salmão e Salada ao Molho de Maracujá


Domingo, dia 22 de Agosto de 2010, temperatura: 26°C, pressão: 1024hPa, direção do vento: ENE, Intensidade do vento: 5nós, condição: alguma nebulosidade, umidade: 28%, ou seja, dia perfeito para cozinhar na cidade de Sampa. Como a paciência e a fome não entram em um acordo, vou partir para uma receita básica onde a entrada são cogumelos na cachaça (que já postei aqui) e como prato principal teremos um Salmão grelhado acompanhado de uma salada ao molho de maracujá.

Ingredientes:

1 filet de Salmão com pele (200g)
alface americana
100g queijo de bufala
1 colh. sopa de suco concentrado de maracujá
vinagre balsâmico
3 gotas de adoçante
2 colheres sopa de azeite
pimenta e sal.

O Clima:

Bairro da Saúde em Sampa

A Entrada:



A Peleja:

Faça cortes rasos de 1 em 1 centimetro na superfície do salmão (lado com a pele). Tempere com sal e pimenta. Em uma frigideira aqueça um fio de azeite e ponha o salmão para grelhar com a pele para baixo. Vire quando estiver crocante.

Lave a alface e o queijo branco e arrume no prato. Em um prato fundo ponha 1 colher de sopa de vinagre balsâmico, uma pitada de sal, 1 colher de sopa do suco de maracujá, 3 gotas de adoçante. Vá misturando com um garfo e ao mesmo tempo acrescentando o azeite (2 colheres) Tempere a salada e retire o salmão.

O que deu certo:

Quase tudo.

O que deu errado:

Acostumado a fazer Sushi, sempre acho que o Salmão é bom cru e sem tempero. Deveria ter temperado com mais um pouco de sal e pimenta. 

Acompanha:

Bach - Cello Suite No. 1 in G major - Prelude

Pronto!!!!

3 de ago. de 2010

Pipoca doce da infância



Uma das minhas principais recordações da infância tem sabor de pipoca doce de chocolate caramelizada em casa. Isso porque eu vivi quase toda a vida perto de uma fábrica de pipocas em Olinda. Era comum algum adulto comprar um sacão com 20 sacos de pipocas, doces (açucaradas) ou salgadas na manteiga.

Lá em casa era assim, sempre que a minha mãe comprava as pipocas, costumava levar apenas as pipocas salgadas, pois ela se encarregava de transformar parte das pipocas em achocolatadas. E eu costumava me acabar a tarde inteirinha no pote de pipocas.

Outro dia, olhei para um saco de pipocas salgadas de microondas no armário de casa e não deu outra, bateu a nostalgia. Resolvi botar em prática.

De olho gordo que eu sou, na receita da minha mãe, resolvi acrescentar alguns pedaços de um ovo de páscoa Alpino que ainda sobrevive lá em casa. Ficou ótimo.

O que eu uso?

01 saco de pipoca de microondas (de preferência sem sal e manteiga).
02 colheres de Nescau (chocolate em pó)
03 colheres de açúcar
Pedaços de chocolate ao leite (opcional)

Como eu faço?

Prepare a pipoca de microondas conforme a orientação no pacote.
Em uma panela, junte os outros ingredientes (açúcar, chocolate em pó e chocolate ao leite) e derreta tudo, mexendo em fogo baixo. É importante estar atento e ter muito cuidado para não queimar. Quando a calda estiver escura e uniforme, pode jogar a metade da pipoca de microondas na panela e vá mexendo para caramelizar tudo. A outra metade ficou salgada pro filminho.

Pronto.


Obs: na infância, não tinha isso de pipoca de microondas, ou fazia com pipoca feita na panela com milho ou com pipoca industrializada (aquelas com gosto de isopor), justamente as que a gente comprava na fábrica de pipocas.

2 de ago. de 2010

Cardápio para festinha com os amigos



Sempre gostei de receber meus amigos na minha casa para celebrar diversas questões: vida, aniversário, amizade, livros, roupas e acessórios, etc.

E são nessas ocasiões que normalmente experimento novas receitas e cardápios.

Resolvi compartilhar com vocês 4 cardápios: o primeiro (o que posto aqui agora) foi o cardápio de uma tarde literária que aconteceu em 2008 lá em casa. Depois postarei o cardápio de um Bazar de roupas e acessórios, o cardápio do meu chá de panela e finalmente o cardápio da minha festa de casamento (sim, eu montei o cardápio da festa!).

Com isso espero dar idéias para vocês quando quiserem receber seus amigos em casa. E vamos combinar, nada melhor do que fazer festinhas na sua própria casa!

Vamos ao cardápio da tarde literária:



O que servi:
  • Finger foods: Mini cups de couscous marroquino, Stick de camarão com abacaxi, Stick de figo e parma
  • Pães e queijos
  • Mini torta de banana integral
  • Para beber: Espumante, Suco de fruta, Água mineral
Receitas:
  • Para o couscous marroquino, ver essa receita aqui. Depois de pronto, é só colocar naqueles mini copinhos descartáveis transparentes, com uma colherzinha descartável e pronto: arrume numa linda bandeja e faça de conta que deu muito trabalho para fazer.

  • Para o stick de camarão com abacaxi:
    Camarões graúdos sem casca e sem cabeça (mas com o rabo),
    1 abacaxi pérola cortado em cubinhos,
    Pimenta do reino, sal, manteiga, azeite,
    Uma frigideira ou chapa e
    Palitinhos (ou de madeira ou de plástico - na tok stok tem uns fofos)

    Lavar os camarões com limão.
    Ferver uma quantidade de água suficiente para cobrir os camarões. Quando a água estiver fervendo, colocar os camarões e esperar 2 minutos (não pode passar mais tempo, se não o bichinho fica borrachudo).
    Escorrer os camarões numa peneira e esquentar a frigideira.
    Enquanto a frigideira esquenta, salpique sal e pimenta do reino nos camarões.
    Arrume um prato com papel toalha para colocar os camarões assim que eles saírem da frigideira.
    Coloque a manteiga na frigideira e na sequência coloque azeite (o azeite garante que a manteiga não queime). Vá colocando os camarões e grelhando os bichinhos dos dois lados (eles já estão cozidos, esse processo é para deixá-los mais suculentos. Não pode demorar muito). Depois que grelhar dos dois lados, coloque no prato com papel toalha.
    Ao final, juntar um cubinho de abacaxi com 1 camarão - tudo no palitinho.
    É só arrumar numa bandeja linda e servir.

  • Para o stick de figo e parma:
    Presunto parma em fatias
    Figo in natura cortado em 4
    Melado de cana
    1 Limão siciliano
    Folhas de manjericão
    Sal e pimenta do reino
    Palitinhos.

    Lavar os figos e cortar em 4 pedaços. Enrolar uma fatia de presunto cru num pedaço de figo + uma folhinha de manjericão e espetar um palitinho. Fazer um molhinho com 1 colher de sopa de melado de cana + o sumo do limão siciliano + sal e pimenta do reino a gosto.
    Arrumar os palitinhos de figo + parma + manjericão numa bandeja (as de vidro, tipo tábua, são as mais bonitas) e jogar displicentemente uns fios do molho em cima dos palitinhos. Voilá!

  • Mini torta de banana integral: 2 ovos inteiros, 4 bananas nanica, 3/4 xícara de óleo de canola, 1/2 xícara de mel, 1 mamão papaya médio, 1 xícara de aveia em flocos, 1 xícara de açúcar mascavo, 1 xícara de farinha de trigo integral, 1 colher de fermento em pó.

    No liquidificador bater o mamão picado com o óleo, os ovos, o açúcar, a aveia e o mel. Em uma tigela colocar as bananas picadas e a farinha. Despejar a mistura do liquidificador, misturar bem e colocar o fermento. Untar uma forma e levar ao forno preaquecido. Depois de pronto, corte em pedacinhos e sirva, arrumando um pedacinho por cima do outro. Fica lindo e chique.
É isso, pessoal. Espero que gostem. Testem e contem como foi.

1 de ago. de 2010

Fusilli Integral com molho cremoso de camarão, pimenta e ervas


O meu primeiro post aqui no blog será uma receita de massa. Fiz hoje e tive a companhia de bons amigos no almoço. Mas, antes de começar a falar de todo o processo, gostaria abrir parênteses para o principal ingrediente que dá origem ao prato: o camarão.

Não vou contar aqui a história desse crustáceo, mas apenas dizer que os camarões dessa receita foram realmente comprados no Recife, em Pernambuco, vieram de avião nas malas da minha mamma que esteve aqui em sampa por uma semana para fazer um denguinho para a filha saudosa.

Na bagagem dela, por encomenda minha, vieram 6 sacos de 400g de Camarão descascado cozido congelado, tamanho M, da Netuno. Apesar de ter sempre muita saudade dos sabores da terra, não vivo encucada em trazer comida de fora, afinal, São Paulo tem um milhão de possibilidades de ingredientes.

No entanto, depois de ver o mesmo pacote de camarão comprado no Recife por menos de 15 reais, aqui ser vendido por 29 reais no supermercado do bairro, resolvi que até vale a pena trazer um monte deles e guardar congelado sempre que eu for e puder carregar.

De qualquer forma, o prato a seguir não precisa de camarões da marca citada, na falta do contrabando, vou atrás da matéria prima por aqui mesmo. Com certeza, na feira, pode sair bem mais em conta. Afinal, a passagem deles até aqui não é grátis.

RECEITA

O que uso?
300g de fusilli integrale (usei Barilla)
400g de camarões descascados cozidos
1 copo de requeijão (usei Sadia Speciale)
3 colheres de creme de leite
2 colheres de manteiga
Parmesão para ralar em lascas
1 cebola grande bem picadinha (não é ralada)
2 dentes de alho ralados
1 xícara de vinho branco seco
1 limão
Cebolinha verde (separar o talo picadinho da folha picada)
Salsa desidratada
Ervas de provance
Pimenta do reino
Pimenta calabresa
Azeite de Oliva
Sal

Como eu faço?
Separo por meia hora em uma tigela os camarões temperados com o suco de um limão, pimenta do reino, sal, ervas de provance, salsa desidratada e o vinho.

Refogo na manteiga e no azeite o alho ralado, o talo da cebolinha picada e a cebola inteira picada. Deixo dourar, acrescento uma ou duas pitadas de pimenta calabresa (cuidado para não botar muita!), um pouco de pimenta do reino e o copo de requeijão (pode diluir em um pouco em leite). Misturo tudo em fogo baixo.

Enquanto isso, fervo água em uma panela grande com sal e uma colher de azeite de oliva. Coloco o fusilli e deixo cozinhar. Costumo e prefiro sempre escorrer a massa quando o ponto está al dente.

Com a massa pronta, jogo os camarões temperados no molho cremoso sem deixar o caldo da tigela cair no molho. Jogo o restante cebolinha verde picada, uma pitada de sal, a pimenta do reino e o creme de leite. Mexe bem por 2 minutinhos.

Para terminar, retorno o fusilli à panela grande vazia e despejo o molho do camarão. Misturo tudo em fogo médio. Esse prato é bom servido quente. Depois que for colocado em uma travessa, vale ralar lascas de parmesão por cima e servir.

Sobremesa de Morango


Estava naquela priguiçinha safada do sábado, zapiando pelos canais da NET quando encontrei um programa não muito bom sobre cozinha onde a Chef fazia uma simples sobremesa de morangos caramelizados com sorvete de creme. O detalhe que me chamou a atenção e me deixou curioso, foi que ela adicionou vinagre balsâmico no momento que estava caramelizando os morangos. Pronto, bateu a vontade de fazer a receita pra saber que bicho ia dar.

Aprovado, o vinagre balsâmico superou as espectativas junto com o morango caramelizado e o sorvete de creme.

Segue a receita:

Ingredientes

400gr de Morangos
1 xícara  de chá de açucar
50gr de manteiga
40 ml de vinagre de balsâmico

A Peleja:

Refogue os morangos inteiros na manteiga e acrescente o açucar (falei inteiros!!!!);

Depois de alguns minutos com os moragos já caramelizados é hora de adicionar o vinagre balsâmico misturando bem (ainda com o fogo ligado);

Após mistura-los bem, coloque os morangos juntamente com sua calda em uma taça de sobremesa e adicione o sorvete de creme.

Pronto!!!

22 de jul. de 2010

Diário do Olivier

Uma dica muito boa:
A nova temporada do “Diário do Olivier” traz cinco episódios gravados na França, onde o chef Olivier Anquier, acompanhado da filha Júlia, reencontra pessoas que fizeram parte de sua formação gastronômica. Eles passam por Paris, Boissy-Le-Châtel, Coulommiers e pelos castelos da região do Vale do Loire. De volta ao Brasil e a bordo de seu Fusca, Olivier encara diversos roteiros de viagem, em busca das maravilhas da gastronomia brasileira que fizeram com que ele se apaixonasse pelo país. E tudo termina na cozinha do chef, onde ele ensina a preparar deliciosas receitas. Alguns das visitas já definidas pelo programa são cidades como Silveiras, São José do Barreiro e Guaratinguetá, em São Paulo, e Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.

Quem tiver interesse acompanhe pois é muito bom.

http://gnt.globo.com/Diario-do-Olivier/index.shtml

Pronto!!!

20 de jul. de 2010

Momento Aristóteles


Como diria o grande Aristóteles:

"Para nos mantermos bem é necessário comer pouco e trabalhar muito".

Acredito que este pensamento esclarece a falta de novas postagens em nosso blog. .

Pronto!!

Arroz com camarão



Segue uma receita simples só pra fazer volume e tirar o blog do marasmo.

Ingredientes:

2 xícaras de chá de arroz branco
1 cebola picadinha
2 dentes de alho picadinhos
500 g de camarão médio limpo (usei o da Netuno)
4 xícaras de chá de água ou caldo de peixe
1/2 xícara de chá de vinho branco
1 colher de sopa de creme de leite
1/2 xícara de sopa de coentro picado
Azeite
Sal e pimentadoreino a gosto


A Peleja:

1.Regue o fundo de uma panela média com azeite e leve ao fogo para aquecer
2.Junte a cebola e refogue até que ela comece a dourar
3.Adicione o alho e, assim que ele soltar perfume, acrescente os camarões e misture
4.Deixe que os camarões cozinhem por aproximadamente 3 minutos, até que mudem de cor e de textura
5.Com uma escumadeira, retire os camarões da panela e reserve-os
6.Junte o arroz à panela e deixe que frite até que os grãos fiquem brilhantes e soltinhos
7.Junte o vinho, ferva por um minuto e acrescente a água ou o caldo de peixe
8.Quando a água do arroz estiver quase secando, junte os camarões
9.Assim que o arroz estiver cozido (mas ainda soltinho), adicione o creme de leite, a salsinha, misture e retire do fogo.

Pronto!!!

14 de jun. de 2010

Milho cozido - Carlos Drummond de Andrade


A primeira vez que eu vi alguém na rua comer milho cozido, confesso que me espantei. A segunda, não estranhei tanto. A terceira, tive tentação de pedir-lhe: Desculpe, moça. Posso provar um tiquinho? Porque era moça, por sinal bem apanhada. Não pedi infelizmente. Ou felizmente, porque ela não só me recusaria o pedido como poderia mesmo estranhá-lo, achando-me atrevidão. Refleti logo como havia entre nós a distância infinita de algumas gerações, pois ela fazia o que eu gostaria de fazer e não tinha coragem, nem mesmo nunca pensar nisso: saborear na rua uma tentadora espiga de milho verde.

E daí, quem sabe se toparia? Garota moderna, desinibida, comendo quando lhe apetecia, natural que compreendesse o desejo de alguém, despertado pela visão do milho bom de comer. Se não topasse, a distância entre nós não seria tão grande assim; apenas moça preconceituosa, incapaz de compreender que minha intenção era simplesmente provar do milho, e não arranjar pretexto para aproximação, com fins obscuros e suspeitos.

Embaraçado, limitei-me a olha-lo com o rabo do olho, pois íamos no mesmo frescão, ela ao meu lado, e era impossível não tomar conhecimento daquele pausado e delicado comer um milho um que vinha de antiqüíssima fazendas da minha lembrança...um milho tão recuado , tão perdido em brumas do século, sem mais nem menos viajando comigo naquele ônibus, trincado pelos dentes da moça, que o comia com muita desenvoltura e ao mesmo tempo com muita classe.

Ela é claro, nem se dignava tomar conhecimento de mim, com essa faculdade admirável que têm as mulheres de estarem ausentes na mais indubitável presença. E dava uma mordidinha e parava e recomeçava, atenta ao ritmo e às boas maneiras. Nada mais natural, mais civilizado, sem gula ostensiva, sem provocação aos últimos defensores da teoria de comer num coletivo é falta grosseira de “berço”.

A espiga consumia-se. Eu sempre com vontade de provar, e mudo e quedo na minha inibição. Não tinha olhos de cão pedinte, não ousaria tanto, mas comecei a duvidar da inteligência e do coração da moça. Então ela não via que a seu lado estava um senhor carente e desejante de comer daquele milho, e que lhe custaria renunciara uns poucos grãos, para satisfazer tão humilde carência? Eu era um desconhecido, sim, mas o desconhecido deixa de sê-lo a um rápido olhar de benevolência e duas ou três palavras reveladoras.

Só em Botafogo me ocorreu que podia repugnar-lhe a idéia de a espiga passar por duas bocas. Em Copacabana, perto de dois terços de espiga tinham-se desnudado; no Leblon terminaria a refeição, pelo esgotamento da peça. Não pude deixar de admirar a competência da moça, que nem se atrasava nem se afobava. Parecia até que um cronometrara o ato de comer pela duração da viagem de ônibus. Se morasse em São Conrado, destruiria duas espigas? O fato é que degustava calma e delicadamente o glúten, o amido, as proteínas, ou, para falar verdade, o sabor da mistura, sem identificação de elementos. O milho deixava-se papar, talvez agradecendo a delicadeza com que era papado. Escapara do carrinho do vendedor ambulante para cair nos dentes de uma bela moça egoísta que nem sequer se lembrava de que pertinho dela um senhor de origens rurais passara a ter subitamente imperiosa necessidade de comer milho verde, milho assado, milho cozido, qualquer variedade ou modalidade de milho, e elas são milhares...

Ah! Por que não fiz o que era tão fácil fazer, passar na carrocinha e comprar a minha espiga, mostrar á moça que também eu apreciava essa comidinha despretensiosa e amável? Mas como, se eu não tinha, minutos antes, a menor tentação de comer milho, e só sentira ao ver a moça? Seria autêntica essa tentação, ou eu me comportava como reles imitador de gestos alheios, sem correspondência com a massa dos meus gestos habituais, normalmente programados? Na dúvida, arrisquei-me a olha-la sem cerimônia, direto, quase provocador. Não deu sinal de perceber minha indiscrição. Comendo estava, comendo continuou, na mesma toada E o milho acabando. E eu sentindo que a essa altura já não adiantava pedir nada em troca. Na melhor hipótese me estenderia o sabugo despojado, com um ou dois grãos de sobejo, irônicos. E já ia passando minha vontade de comer aquele milho daquela espiga, Deus (ou o Diabo) sabe lá por quê. Em vão procurava me iludir, pensando num milho anônimo, genérico, universal. Se a moça retirasse da bolsa outra espiga e a oferecesse à minha gula, não apeteceria. Aquela é que despertara em mim o desejo manducativo, ligado a fortes e escondidas subjacências temporais. A moça desceu antes de mim, depois de embrulhar cuidadosamente o sabugo em papel fino e guarda-lo na bolsa. Continuei, já agora de estômago saciado. Eu comera toda a espiga de milho.

Carlos Drummond de Andrade

Feliz São João!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!