26 de mar. de 2010

Salmão ao Molho Tarê

 
Bem, o molho Tarê tem duas interpretações: com caldo de peixe ou sem o caldo. Ambas são muito originais.

Conheci o tal do molho a alguns anos atras, porém só tive um encontro íntimo com ele em uma festa de final de ano na empresa em que trabalho onde dois suhimans faziam Temaki de rodo. Ao lado da mesa dos Temakeiros tinha uma bisnaga cheia de molho tarê. Pronto (como diz o bom Pernambucano), peguei pesado!!! Acho que depois de algumas cervas comia Tarê com Temaki e não Temaki com Tarê. Foi o inicio de uma grande paixão.

A procura da receita perfeita descobri que algumas pessoas usam Hondashi ou Dashi ao invés de fazer o caldo de peixe natural, enquanto que outras preferem o saquê no lugar do caldo.

Confesso que com caldo de peixe ainda não fiz, porém com saquê ficou bom demais.

Para acompanhar o Tarê fiz um Salmão na chapa, porém na sequencia lhes apresento um Temaki de Salmão com cebolinho acompanhado com este magnífico molho.

Ingredientes:

300g de salmão
Pimenta-do-reino branca e sal ao gosto
Óleo de soja ao gosto

Molho Tarê:

½ xícara de chá de açúcar
½ xícara de chá de shoyu
1 xícara de café de saquê
1 xícara de café de saquê mirim

A Peleja:

Tempere o filé de salmão com a pimenta do reino branca e o sal.

Aqueça o grill a 180°C, grelhe o salmão por três minutos de cada lado ou até ficar no ponto desejado e reserve.

Para o molho,  acrescente todos os ingredientes e reduza a 1/2 (até ficar um melaço).

Cubra o salmão com o molho tarê e sirva.

Dica: Um cebolinho por cima cai muito bem.

Inté!!!

6 de mar. de 2010

Onde tudo começou


Em uma cozinha de um ap no bairro de Vila Mariana em Sampa no ano de 2007 regado a muita Original.

Grandes figuras da minha vida.

Nos somos os Nordestinos na Cozinha ANO III!!!!!!!!!!!!

Steak au Poivre


Essa é uma das várias receitas do grande chef István Wessel. Um prato tradicional da cozinha francesa fruto da combinação perfeita da carne de boi com a pimenta.

Esse eu garanto!!!!

Ingredientes:

4 fatias de filé mignon (ou miolo de alcatra ou fraldinha) de 200 g
1 colher de sopa de pimenta do reino preta ou verde (inteiras)
pimenta do reino moída na hora
200 ml de vinho tinto
50 ml de creme de leite
sal

A Peleja:

Tempere a carne apenas com sal e pimenta do reino moída nos dois lados da carne.

Leve à uma frigideira (de preferência de ferro fundido) quente e frite em azeite e manteiga meio a meio por 3 a 4 min. de cada lado. Retire da frigideira e coloque sobre um prato para poder recolher os sucos que sairão da carne.

Abaixe o fogo, coloque a pimenta e despeje o vinho na frigideira. Com uma colher de pau limpe bem o fundo e deixe que o volume se reduza à uma terça parte.

Retire a frigideira do fogo e despeje o creme de leite mexendo sempre. Despeje na frigideira o suco que se soltou da carne e misture bem. Leve novamente ao fogo médio e coloque dentro a carne e cozinhe a carne dentro do molho por mais uns três minutos de cada lado.

Sirva a carne nos pratos distribuindo todo o molho.


Bon appetit!

Cebola Frita do Outback ( Blooming Onion)

Bem, segue uma bela receita de Cebola Frita com um molho especial a base de maionese que tive o prazer de conhecer no restaurante Outback aqui em Sampa.

O Outback se tornou a número UM das Steakhouses em parte por causa de sua famosa Bloomin' Onion: uma enorme cebola cortada e frita que parece uma flor desabrochando que foi criada por um dos fundadores.

Uma bela entrada para receber os amigos.

Ingredientes:

1 cebola grande;
Água o suficiente;
500 g de farinha de trigo;
4 ovos;
1 xícara de chá de leite;
1 colher de chá de pimenta caiena (conhecida como pimenta vermelha);
1 pitada de paprica;
500 g de farinha de rosca;
Óleo para fritar.

A Peleja:

Retire a casca da cebola, tomando cuidado para não retirar muitas camadas da casca;

Usando uma faca afiada, divida a cebola em 4 partes, começando do alto para a raiz, deixando aproximadamente 1 cm de raiz;

Repita esse processo ate chegar em 16 partes;

Coloque a cebola em um recipiente e cubra com água fervente. Reserve até as pétalas começarem a abrir;

Em seguida, mergulhe em água gelada e reserve até a cebola se abrir em flor e depois leve a mesma para uma peneira ate escorrer toda água;

Bata os ovos com o leite, sal, pimenta e páprica;

Na sequência:
Cubra a cebola com a mistura de farinha de trigo; retire o excesso.
Cubra a cebola com a mistura de leite; retire o excesso.
Cubra a cebola com a mistura de farinha de rosca; retire o excesso.

Torne a levar a cebola à geladeira por 15 minutos para que endureça e a casca não saia durante a fritura.

Frite em óleo bem quente por 10 minutos e coloque em papel toalha.

O Molho:

1/2 copo de maionese;
2 colheres de chá de ketchup;
2 colheres de chá creme de raiz forte;
1/4 colher de chá de páprica;
1/4 colher de chá de sal;
1/8 colher de chá de orégano seco;
Pitada de Pimenta do Reino em pó;
Pitada de Pimenta Vermelha em pó;

Prepare o molho misturando todos os ingredientes numa vasilha pequena. Mantenha o molho coberto na geladeira até a hora de servir.

Fonte da receita: As melhores práticas que deram certo!!!

Pronto!!

1 de mar. de 2010

Crônica do ovo – Luis Fernando Veríssimo


Agora essa. Descobriram que ovo, afinal, não faz mal. Durante anos, nos aterrorizaram. Ovos eram bombas de colesterol. Não eram apenas desaconselháveis, eram mortais. Você podia calcular em dias o tempo de vida perdido cada vez que comia uma gema.

Cardíacos deviam desviar o olhar se um ovo fosse servido num prato vizinho: ver ovo fazia mal. E agora estão dizendo que foi tudo um engano, o ovo é inofensivo. O ovo é incapaz de matar uma mosca.

Sei não, mas me devem algum tipo de indenização. Não se renuncia a pouca coisa quando se renuncia ao ovo frito. Dizem que a única coisa melhor do que ovo frito é sexo. A comparação é difícil. Não existe nada no sexo comparável a uma gema deixada intacta em cima do arroz depois que a clara foi comida, esperando o momento de prazer supremo quando o garfo romperá a fina membrana que a separa do êxtase e ela se desmanchará, sim, se desmanchará, e o líquido quente e viscoso escorrerá e se espalhará pelo arroz como as gazelas douradas entre os lírios de Gileade nos cantares de Salomão, sim, e você levará o arroz à boca e o saboreará até o último grão molhado, sim, e depois ainda limpará o prato com pão. Ou existe e eu é que tenho andado na turma errada. O fato é que quero ser ressarcido de todos os ovos fritos que não comi nestes anos de medo inútil. E os ovos mexidos, e os ovos quentes, e as omeletes babadas, e os toucinhos do céu, e, meu Deus, os fios de ovos. Os fios de ovos que não comi para não morrer dariam várias voltas no globo. Quem os trará de volta? E pensar que cheguei a experimentar ovo artificial, uma pálida paródia de ovo que, esta sim, deve ter me roubado algumas horas de vida a cada garfada infeliz. Ovo frito na manteiga! O rendado marrom das bordas tostadas da clara, o amarelo provençal da gema… Eu sei, eu sei. Manteiga ainda não foi liberada. Mas é só uma questão de tempo.

Luis Fernando Verissimo